Como funciona o óxido nitroso?
O óxido nitroso é um gás incolor, composto de duas partes de nitrogênio e uma de oxigênio, cuja fórmula química é N2O. O Oxido nitroso na aplicação automotiva é um gás super comburente que pode ser armazenado em uma garrafa sob a pressão de cerca de 950 PSI, ou seja, 65bar, o que leva ele a forma liquida quando armazenado.
No instante em que o óxido nitroso sai do cilindro, expelido pelo “fogger” (um tipo de injetor mostrado na próxima imagem), passando de um meio de alta pressão (Garrafa) para um de baixa pressão (Admissão do motor), o gás sofre uma rápida expansão. Isto faz com que a substância se resfrie significativamente o ambiente.
Como funciona a adição de potência pelo óxido nitroso?
Tendo a noção de como funciona um motor de combustão interna, fica mais fácil entender como o óxido nitroso aumenta a potência do seu motor. Quando o motorista ou a ECU aciona a solenoide que fica entre a garrafa e o “fogger”, o N2O é liberado para o motor, passando do estado líquido para o gasoso.
A entrada de óxido nitroso no coletor de admissão tem dois efeitos, elevar a massa de oxigênio admitida, devido a quantidade de oxigênio do gás N2O ser maior que a do ar atmosférico e ao ser descomprimido, baixar a temperatura da mistura ar combustível. Ao aumentar a densidade total da mistura pelos dois fenômenos citados, também possibilita a maior entrada de combustível o que irá produzir maior potência.
Mas como entra mais combustível?
Existem dois tipos de uso de óxido nitroso “wet” (molhado) como a imagem abaixo, onde a mistura nitro + combustível é feita pelo “fogger” no mesmo ponto da admissão.
E o “dry” (seco), o gás é adicionado ao coletor de admissão pelo “fogger” e o combustível adicional pelo próprio eletro injetor controlado pela ECU FuelTech por exemplo, em pontos diferentes da admissão do motor.
O posicionamento de um único “fogger” na admissão é de extrema importância para se obter uma boa distribuição de mistura ar/N2O entre os cilindros, em ambos a vazão máxima de N2O é estabelecida por giclês colocados no “fogger”.
Para o “dry” nitro o sistema de alimentação de combustível é um único para atender o motor com e sem nitro, por esse motivo deve ser redimensionado bomba e injetores em relação a sua vazão, para atender a potência total do motor, como ele só controla o gás necessita somente de um solenoide para o nitro. Como a quantidade de combustível suplementar é enviada pelos injetores, proporciona uma excelente distribuição de mistura para cada cilindro, porque o gás se homogeneíza muito facilmente com ar atmosférico e os injetores irão injetar a mesma quantidade de combustível para cada cilindro.
O sistema com múltiplos “foggers” do tipo “wet” ou “dry” tem o benefício de uma boa distribuição de mistura por cilindro e a possibilidade de incrementar mais potência, pois tendo “foggers” individuais a vazão de oxido nitroso é maior o que pode proporcionar uma adição de mais potência.
O sistema com múltiplos “foggers” do tipo “wet” ou “dry” tem o benefício de uma boa distribuição de mistura por cilindro e a possibilidade de incrementar mais potência, pois tendo “foggers” individuais a vazão de oxido nitroso é maior o que pode proporcionar uma adição de mais potência.
O sistema com “plate” possui um flange com um tubo perfurado para o combustível e outro para o gás, onde a mistura nitro e combustível é formada após a(s) borboleta(s) normalmente usado no sistema “wet” o que requer duas solenoides.
Saiba mais sobre o assunto com Luis De Leon e Cristian Silva.
Como funciona o Nitro progressivo controlado pela FuelTech:
“Nitro progressivo” permite fazer com que os percentuais de nitro configurados em uma tabela programável sejam atingidos progressivamente, conforme o tipo de controle escolhido (RPM, velocidade, tempo acima de um determinado percentual de posição da borboleta do motor.
Esta configuração de saída auxiliar permite a dosagem da mistura combustível + nitro (ou somente nitro) através da modulação de pulsos (PWM) enviados aos solenoides. Veja no video abaixo em um exemplo prático.